A oitava cor do arco-íris


Recordo-te como recordo as notas de uma canção...
E tu foste a oração do meu dia a dia
Foste a poesia na minha mesa junto ao pão...

E como são fugazes os anos, meu bem!
Ligeiros vagões em trilhos ferventes
A descarrilar-se em algum canto... – sabe lá onde!

Hoje, lembro-te como algo passado – com saudade.
Mas, ainda uma lembrança presente,
Um “sonho distante” que quisera ser lembrada...

Tu foste a mulher que me mostrou o amor
Mesmo que eu nunca compreendera
Tua enigmática maneira de me amar...

Hoje, te recordo ainda, felicitado!
E teu olhar, teus risos
Será sempre a oitava cor do arco-íris...