Nada sei de mar


O poeta pobre sem teto e sem carro
O tempo largo, o poeta jovem.

Camarada, estamos no mesmo impasse!

Só amei mulheres que me amastes,
Mais amastes o Ter que o Ser... – e eu tenho nada.
Dei meu braço, renegaste
Quisera viver de alegrias... – e eu tinha apenas poesias.

Camarada, estamos no mesmo barco!

Minha amada não tem lar,
Tem um sorriso que acredita em mim...
Ama o que Sou – e eu sou muito.

Confio em ti, camarada de sandálias,
Eu que nada sei de mar.