O sol da vida simples


O tempo sempre a correr por entre meus dedos curtos...
Não sei se devo ter pressa, mas sinto pressa
Tenho de buscar lá fora meus desejos doces
Mesmo que a amargura das circunstâncias me deprima...

Não sei se me comporto egoisticamente vil, mas...
Quero apenas enxergar o sol da vida simples e plena
Sob as abas do chapéu de minha curta existência
Não além dos passos que ainda ensaio a dança...

Enxertar minha alma numa outra alma... Bela!
Viver assim: um poema alegre!...
Sem o ódio que paralisa e gela;
Sem o medo que aprisiona e fere...

Ah!... Eu quero viver... Quero amar!
Simplesmente amar... E mais nada.
Seguir por entre as pedras da estrada
E vencer... Vencer a fúria do bravo mar...

Sei, a caminho do meu saara, qual percorro
Uma alma graciosa espera minha alma
Qual traz nos olhos a melodia suave
Que só os anjos e arcanjos possuem a flauta...
– esta flauta mágica!