Se me contasse o segredo nos teus olhos enquanto
Tenho no peito o coração a suspirar de amor,
Podia conservar-te na minha biografia a maior das
paixões...
Mas se tu me escondes algum segredo de amor,
Retiras-te a ti mesma da história do poeta
E perde-se como qualquer na estrada sem regresso...
O amor sem reciprocidade não tem raízes,
Morre prematuro antes do florir...
Não quero – se existe amor – ignorar-te em mim.
Conta-me o segredo dos teus olhos que juro – juro
mesmo!
Guardar comigo no livro que ainda escrevo...
A tinta fresca e o papel virgem
Aguarda gravar teu nome na minha biografia.