De todas que amei


Quando está frio, tenho o costume de esfregar uma mão à outra...
E sempre que faço isso, lembro-me dela sorrindo e me dizendo:
“até parece que assim se aquecerás” Sempre será ela na minha memória a expressão de mulher mais sublime!... Presente no meu coração mais que sempre. Hoje sou o que na verdade sou graças ao carinho, a compreensão, o amor sempre sincero a este amigo poeta!


No silêncio do meu quarto apenas se ouve                                        
o tic-tac do relógio de cabeceira...
E a velha canção no meu peito... (vinte e poucos anos atuante)
Ora num ritmo acelerado como um rock-and-roll:                         
sons de guitarras extasiadas!...
Ora numa sutileza de valsa: movimentos lentos... – perfeitos!
Em que por mais que se põem os ouvidos de encontro ao chão não se ouve o barulho dos passos,
Pois não há barulho algum...
Dançar uma valsa é estar nas nuvens
E estar nas nuvens é estar no espaço
E neste movimento, neste ritmo desacelerado que                         
 a música em meu peito vive agora...
A razão é certa lembrança de certa mulher que amei...
– e não posso negar que a amo.
Sou louco por ela! – uma loucura doce.
Ela, não talvez, mas sim,                                                                                             
é a mulher mais perfeita de todas que amei...
Cujos olhos são diamantes,
linda por dentro e por fora, por todos os lados, todos os poros.
– e eu, bobo, pensei não existir.
Mas ela existe! E está tão distante de mim...
Talvez o destino não nos queiram juntos                                                 
de tão perfeitos que podíamos ser.